'El Mundo' publica reportagem em que Jorge Messi é acusado
de lavagem de dinheiro em amistosos beneficentes, mas família transfere a culpa
para organizadores locais
Jorge Messi, de camisa preta: jornal revela investigação
sobre
envolvimento com lavagem de dinheiro do tráfico de drogas
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Uma reportagem do jornal espanhol "El Mundo" caiu
como uma bomba nesta segunda-feira na Espanha. Segundo o diário, a Unidade
Central de Operações da Guarda Civil da Espanha (UCO) está investigando a
ligação de Jorge Messi, pai do camisa 10 do Barcelona, com o tráfico de drogas.
Ele seria a peça chave do quebra-cabeça da lavagem do dinheiro de cartéis da
Colômbia. A família do craque prometeu se pronunciar e processar a publicação.
A investigação teria acabado de começar, sob segredo de
Justiça. Mas, de acordo com fontes do jornal, o juizado de número 51 de Madri e
Barcelona colheu depoimentos de quatro jogadores do Barcelona: Messi, Daniel
Alves, Pinto e Mascherano. O juiz Eduardo López-Paplop estaria perto de
encaminhar o caso à Suprema Corte da Espanha, pois, segundo a reportagem, a
trama tem ramificações por outras cidades do país.
O jornal "El Mundo" aponta que eventos
beneficentes, como a série de amistosos "Amigos de Messi" e concertos
de rock de artistas sul-americanos serviriam para lavar dinheiro do tráfico de
drogas, cerca de milhões de euros. Ao "Mundo Deportivo", a família do
craque alega que a "Player Imagen", responsável pela excursão, delegou
a promotores locais a organização das partidas. E que, na Colômbia, uma das
pessoas envolvidas já estaria sendo investigada. Segundo os assessores de Jorge
Messi, isso não implicaria qualquer responsabilidade ao pai do jogador.
A reportagem indica que a fraude consiste em falsificar a
venda de entradas da "fila 0". Como se trata de um evento
beneficente, a justificativa seria que os compradores estariam apenas
colaborando, sem comparecer ao estádio. A manobra complicaria a comprovação da
quantidade de bilhetes comercializados e levantaria pouca suspeita. À frente da
Fundação Leo Messi, o pai do craque faria o papel de intermediação com os
traficantes de drogas, garantindo a participação de jogadores famosos em troca
de uma porcentagem da lavagem do dinheiro, de 10% a 20%.
De acordo com o jornal "El Mundo", os depoimentos
dos jogadores do Barcelona serviu apenas para deixar claro que nada sabiam do
caso e só participavam dos eventos beneficentes como qualquer outro para que
fossem convidados. Em 2013, os amistosos dos "Amigos de Messi" foram
realizados em Lima, no Peru, Chicago e Los Ángeles, nos Estados Unidos, e em
Medellín, na Colômbia. No ano passado, passou por Bogotá, capital colombiana, a
cidade americana de Miami e Cancún, no México.
Entre os eventos musicais investigados, um recital em
Barcelona, no Palau Sant Jordi, e um concerto em Madri, no estádio Vicente
Calderón, o da capital espanhola foi decisivo para que a investigação
começasse. Segundo a reportagem, a polícia colombiana especializada em crime
organizado também estaria atrás das pistas no país.
Messi sai de depoimento à Agência Tributária da Espanha, em
setembro: dinheiro da família sob suspeita
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Não é a primeira vez que a família de Messi aparece
envolvida com problemas na Justiça. Em setembro passado, o camisa 10 do
Barcelona precisou prestar esclarecimentos à Agência Tributária da Espanha pela
sonegação de mais de € 4 milhões (cerca de R$ 12,8 milhões). Na ocasião, seu
pai foi responsabilizado, e o craque teve de desembolsar € 5 milhões, por causa
da dívida entre 2007 e 2009.
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