Desafeto nas vendas de Wesley, Ganso e do próprio atacante,
grupo pode ser aliado em apuração sobre suposto desvio de R$ 120 milhões do
Barça na compra do astro
A denúncia do jornal “El Mundo”, da Espanha, de que o
Barcelona teria omitido € 38 milhões (R$ 120 milhões) da negociação que levou
Neymar para a Europa não passou batida no Santos. O presidente Odílio Rodrigues
admitiu que o Peixe pode acionar os catalães caso entenda ter direito a uma
parte do montante supostamente desviado – o Alvinegro detinha 55% dos direitos
econômicos do astro. E para se fortalecer no processo, o clube pode até se
aliar a um antigo desafeto, mas tão interessado quanto os santistas na
história: o grupo DIS.
O assunto, tratado informalmente no clube, será um dos temas
da próxima reunião do Comitê de Gestão, na quinta-feira – dentre outros
assuntos, como a possível venda de Montillo para o Shandong Luneng, da China, e
a definição do patrocinador master para 2014. Informalmente, entre os
integrantes do Comitê, entende-se que o Sonda, que possuía 40% dos direitos do
atacante, é interessado direto nos desdobramentos do caso.
Santos pode reatar com grupo Sonda, antigo desafeto, para
apurar denúncia sobre venda de Neymar
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O artigo do “El Mundo”, publicado na segunda-feira, afirma
que Neymar deixou o Santos por € 95 milhões (R$ 301 milhões), e não pelos € 57
milhões (R$ 180 milhões) alegados pelo Barça há seis meses. O presidente do
clube catalão, Sandro Rosell, porém, reafirmou o montante gasto pelo Barcelona
na operação Neymar e explicou não poder entrar em detalhes sobre o contrato
devido a uma cláusula de confidencialidade.
O relacionamento ruim entre Santos e o grupo Sonda vêm desde
2010, quando o atacante André foi vendido ao Dínamo de Kiev, da Ucrânia, e o
Alvinegro se recusou a repassar à empresa parte da quantia pleiteada. Outra
negociação que causou polêmica entre os parceiros foi a do meia Paulo Henrique
Ganso para o São Paulo, em setembro de 2012, após quase um mês e meio de
desentendimentos entre o jogador e o Peixe.
O clima esquentou, porém, com a ida de Neymar para o
Barcelona. Em julho, por meio da DIS, o grupo entrou na Justiça solicitando que
os documentos da negociação fossem apresentados por entender que o valor da
venda teria sido mascarado. Outros pontos questionados foram os amistosos
previstos entre os clubes – se o jogo no Brasil não ocorrer, o Alvinegro recebe
€ 4,5 milhões (R$ 14 milhões) – e a prioridade na compra de três jovens
revelados pelo time praiano (Gabriel, Victor Andrade e Giva) por cerca de € 8
milhões (R$ 25 milhões).
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