sábado, 12 de julho de 2014

Di María começa treino como titular na véspera da decisão com a Alemanha

Lesão na coxa direita não incomoda mais, Ángel demonstra bom humor e inicia as atividades no time principal de Sabella, neste sábado, em São Januário

O milagre de Ángel está quase completo. Depois de ser dado como cortado da Copa pela imprensa argentina, Di María treinou normalmente com o restante do elenco neste sábado, em São Januário, e iniciou as atividades no time titular de Alejandro Sabella. É grande a expectativa dos argentinos sobre a presença do meia do Real Madrid em campo diante da Alemanha, neste domingo, às 16h (de Brasília), no Maracanã. No lugar das lágrimas de uma semana atrás, após a vitória sobre a Bélgica, o craque distribuiu sorrisos no Rio de Janeiro.

A atividade foi aberta para imprensa somente nos 15 primeiros minutos, como de costume. Neste período, Di María entrou em campo ao lado de Sabella e se posicionou para aquecimento juntamente a Lavezzi e Messi. Enquanto corria sem demonstrar desconforto de um lado para o outro, Ángel se divertiu bastante com as brincadeiras do Pocho. A lesão na coxa direita não incomoda mais, mas resta saber se há condição de jogar 90 ou até 120 minutos.

Di María e Lavezzi, sorridentes, se abraçam durante treino da Argentina em São Januário

A dúvida de Sabella é se aposta em seu segundo jogador mais importante desde o início da final ou se o guarda para um momento de maior dificuldade. Caso seja mais precavido, Enzo Pérez segue na equipe, o que torna a Argentina mais defensiva e forte no meio-campo.

Para tentar o tricampeonato, a Argentina entrará em campo com Romero, Zabeleta, Demichelis, Garay e Rojo; Mascherano, Biglia e Di María (Enzo Pérez); Messi, Lavezzi e Higuaín.

Sonhando repetir 1986, Sabella avisa: "Temos que fazer a partida perfeita"

Treinador admite semelhanças entre geração atual e a comandada por Maradona no México, elogia alemães e evita confirmar saída da seleção: "É irrelevante"

Sabella lembrou que estava em pré-temporada 
pelo Grêmio quando a Argentina se sagrou bicampeã mundial
Erro zero. Essa é a missão da Argentina para deixar o Maracanã como campeã do mundo na noite deste domingo. Na prévia da decisão, Alejandro Sabella atendeu neste sábado a um batalhão de jornalistas no palco da final e não poupou elogios à Alemanha. Ciente da força do rival, o treinador deseja que sua equipe apresente níveis máximos técnica, tática e psicologicamente para voltar para casa com o tão sonhado tricampeonato do mundo. Qualquer vacilo contra um time que fez 7 a 1 nos brasileiros pode ser fatal.

Depois de chegar no Brasil como refém da genialidade de Lionel Messi, a Argentina se transformou em um time forte coletivamente, principalmente a partir do mata-mata. Com a principal estrela apagada, Sabella fortaleceu o sistema defensivo, trocou peças e viu um time bem postado não dar muitas chances para Suíça, Bélgica e Holanda. Contra os alemães, a estratégia é a mesma, mas com ainda mais qualidade.

- Temos que fazer uma grande partida, com muita concentração, ocupar os espaços rápidos. Não podemos deixar a bola para a Alemanha. É um time muito forte, o que mais chega em decisões, junto com Brasil e Itália. Um time que usa muito bem os espaços na defesa, os avanços dos laterais, principalmente o Lahm. Teremos que fazer uma partida prefeita.

O bate-papo com a imprensa reservou ainda comparações do time atual com o de 1986, comandado por Maradona e que levou o país ao topo do mundo pela última vez. O comandante argentino admitiu que a força coletiva no setor defensivo e a dependência de Messi na frente tornam as histórias das duas seleções similares. E torce para que o final seja como o do dia em que ele celebrou, no Brasil, por jogar no Grêmio, o bicampeonato.

- Esperamos que o resultado seja o mesmo. Estava no Grêmio na época da final, em pré-temporada em Gramado ou Canela, não tenho certeza. Já passou muito tempo. Há um certo grau de comparação (entre as equipes) e esperamos que a situação se repita contra um rival tão forte.

Como não podia deixar de ser, Sabella foi questionado sobre seu futuro. Nesta semana, seu agente relevou que a decisão da Copa encerra sua passagem pela seleção. O treinador minimizou o assunto, mas não negou o adeus.

- É um tema irrelevante agora diante da importância da partida.

O mistério da decisão está na participação ou não de Di María. Angel se recupera bem de um estiramento na coxa direita, mas Sabella deixou a dúvida no ar e tratou como determinante o treinamento deste sábado, em São Januário. Caso o craque seja vetado, Enzo Pérez permanece em seu lugar. Confira abaixo a íntegra da coletiva do treinador argentino:

Importância da comissão técnica

- Todos têm um grande mérito por ajudar a melhorar dia após dia. Sempre há o que evoluir, e eles estão presentes. Pela educação que me deram os meus pais, é preciso estar pronto sempre para aprender. E são profissionais que já tinham treinado equipes antes de mim. O professor Blanco (preparador físico) é fase vital desse trabalho. Todos me ajudaram e estamos juntos neste momento importante.

Legado de um possível título

- Ser campeão é sempre muito positivo. Renovam-se as expectativas, as esperanças. Há jogadores que atuam no futebol local, mas outros que estão fora e tiveram uma carreira de muita dedicação, como Basanta e Campagnaro. Um título dá incentivo a todos.

Comparação com 1986

- Esperamos que o resultado seja o mesmo. Estava no Grêmio na época da final, em pré-temporada em Gramado ou Canela. Mas já passou muito tempo. Há um certo grau de comparação e esperamos que a situação se repita contra um rival tão forte.

Sabella destacou a possibilidade de levantar 
o troféu "no país mais ganhador da história do futebol"
Equilíbrio entre defesa e ataque

- É um grande mérito do esforço dos jogadores. A distribuição no campo é diferente, ocupamos mais os espaços laterais. Antes, jogávamos com três meias e agora com quatro. Dois com características ofensivas, mas que ocupam os espaços no lado do campo e nos dá equilíbrio.

O que fazer para ganhar a partida

- Temos que fazer uma grande partida, com muita concentração, ocupar os espaços rápido. Não podemos deixar a bola para a Alemanha. É um time muito forte, o que mais chega à final, junto com o Brasil e Itália. Um time que usa muito bem os espaços na defesa, os avanços dos laterais. Teremos que fazer uma partida prefeita.

Decisão no Brasil

- Estar em uma final do Mundial representando o meu país é uma grande satisfação profissional e pessoal. Que seja no país mais ganhador da história do futebol, é um fato que não é menor. Sempre fui um grande admirador do futebol brasileiro, o ganhador máximo dessa Copa. A final ser aqui nos orgulha ainda mais.

Incentivo aos jogadores

- É uma partida em que não se necessita motivação. É algo que se motiva só pelo fato de jogar uma final, não há maior. Mas sempre há uma coisinha para buscar para entrar um pouco mais ciente de um momento tão importante.

Pensava quando jovem em viver este momento?

- Não pensei que fosse estar com pouco cabelo (risos). Nunca fui de pensar muito a longo prazo. Se perguntar o meu futuro, é o próximo treino, a próxima partida. Pensar nisso 35 anos atrás era impossível. Muitos jogadores pensam em fazer parte de uma comissão técnica, mas é um caminho muito longo e nunca fiz planos distantes.

Despedida da seleção

- É um tema irrelevante agora diante da importância da partida. Do ponto de vista profissional, é provável que seja o meu jogo mais importante, além da final da Libertadores, também aqui no Brasil. Não conversei nem com minha família a respeito do meu futuro.

Di María será escalado?

- Vamos saber hoje. É um dia fundamental para ver como ele melhorou. Vamos fazer um trabalho especial e vou ter um panorama melhor.

Equipe mais forte do que na derrota em 2010

- É muito melhor fazer comparação com quem esteve em campo. Eu não estava naquele momento. Por característica de utilização de espaços, talvez sejamos um time mais conservador. É o que posso dizer. Buscamos o triunfo por um caminho diferente. Na época, sofreram um gol muito cedo e que muda a situação da partida. Esperamos que isso não aconteça. Se acontecer, que seja a nosso favor.

O que conversa com os jogadores

- Em linhas gerais, falamos da importância do meio-campo para uma equipe. Temos que ter uma equipe sólida do ponto de vista físico, mental e como estrutura dentro do campo.

Argentina mais cansada do que Alemanha?

- Vamos esperar o jogo. Em 1998, na França, jogamos um dia depois da Holanda e sofremos um gol no minuto 90. Depois de termos jogado com prorrogação e pênaltis. É um fator que joga a favor da Alemanha obviamente.

Inspiração no Uruguai?

- O caráter, a rebeldia, o espírito de sacrifício, jogar como uma equipe. Isso tudo é importante.

Recado para a torcida argentina

- Vamos dar tudo, como sempre fazemos. Através da humildade, do sacrifício, do trabalho, da sensibilidade. Temos que dar antes de receber, perdoar antes de exigir e dar tudo para que a Argentina volte a ser campeã. Estamos satisfeitos por como estarmos melhorando e também por poder dar alegria ao povo que ama o futebol. Vamos fazer todo o possível, mais do que isso não vamos. Entregaremos tudo pelos companheiros, pela camisa da Argentina e pelo futebol.

Shakira comemora 3ª Copa e lembra 2010: "Conheci o amor da minha vida"

Cantora terá as companhias de Ivete, Carlinhos Brown, Santana, Alexandre Pires e Wyclef Jean no palco de encerramento do Mundial a partir das 14h20 deste domingo

Shakira mostrou muita empolgação com sua terceira Copa
Um time digno de final de Copa do Mundo. Não, não estamos falando de Alemanha ou Argentina, mas sim das atrações musicais que estarão na festa de encerramento no Maracanã neste domingo, a partir das 14h20 (de Brasília). Shakira, Ivete Sangalo, Carlinhos Brown, Santana, Alexandre Pires e o rapper haitiano Wyclef Jean serão os responsáveis por animar o público antes da partida decisiva, além da escola de samba Acadêmicos da Grande Rio. A turma esteve neste sábado no estádio em coletiva promovida pela Fifa.  Shakira relembrou que esta é sua terceira participação em um evento de encerramento de Mundial. E não deixou de ressaltar que em 2010 conheceu Piqué, zagueiro da Espanha e do Barça e atualmente seu marido. Os dois são pais do pequeno Milan.

- O futebol mudou minha vida de formas multo diferentes, afetou minha vida em muitos níveis positivos. É minha terceira final de copa, uma tremenda honra para mim, mas eu nunca vou esquecer de 2010, quando encontrei o amor da minha vida na Copa. Se não fosse por causa da Copa, por causa do futebol, meu filho não existiria. Estar aqui tem uma significado enorme, por todas essas razões, por tudo que o futebol significa para todos, a forma como o futebol une pessoas de diferentes idiossincrasias, culturas. Todos viemos à mesma plataforma e celebramos da mesma forma, carregamos as mesmas esperanças. Nosso patriotismo cresce. O mais sublime dos sentimentos surge com o futebol. Eu sou uma pessoa apaixonada e identifico o que o futebol representa - disse Shakira.

Ivete, Carlinhos Brown, Shakira , Wyclef Jean, Santana e Alexandre Pires no gramado do Maracanã

A cantora, no entanto, não escapou da pergunta sobre o ambiente em casa depois da eliminação precoce da Espanha ainda na primeira fase do Mundial. A artista colombiana ressaltou que teve que consolar o marido, mas brincou que havia encontrado uma maneira de fazer isso.

- Claro que recebemos um golpe. Temos que estar preparados para as derrotas e celebramos as vitórias. Faz parte da história. A Espanha não contou com a sorte. Claro que ele (Piqué) está triste, mas encontrei uma forma de consolá-lo (risos) - brincou ela.

Durante a coletiva, a cantora fez questão de declarar sua paixão pelo Brasil. Ela afirmou que considera o país sua segunda casa, assim como o português foi sua segunda língua. Sobre a comparação com a África do Sul, ela afirmou que as raízes são as mesmas.

Shakira e Ivete se cumprimentam durante a entrevista coletiva sobre a festa de encerramento

- Brasil é diferente da África, mas com um denominador comum, suas raízes. Brasil é muito próximo de mim. É o meu Brasil. Amo esse país com paixão. Comecei minha carreira aqui anos atrás e os brasileiros sempre me deram apoio. Me sinto um pouco brasileira. Português é minha segunda língua. Aprendi a falar português antes de falar inglês. Tenho tantos amigos queridos aqui, me sinto em casa. É minha segunda casa. Estou muito empolgada para amanhã. Sei que será uma linda cerimônia. Dividirei o palco com colegas tão competentes no que fazem, que representam pessoas, sonhos, e me sinto honrada de fazer parte disso - afirmou a cantora.

Confira outros trechos da coletiva de Shakira:

Quem vence a Copa do Mundo?

- Eu só rezo para que não vá para os pênaltis porque é muito sofrimento. Onde está o polvo Paul quando precisamos?

A Colômbia no Mundial  

- Há muitas formas de ganhar um Mundial. A Colômbia ganhou de tantas e tantas maneiras. Para mim, sempre será ganhadora, pela atuação maravilhosa que teve no Mundial, a melhor em nossa história, o que nos desperta um orgulho gigante, apaixonado, como todos meus compatriotas devem estar sentido, com tantos jogadores maravilhosos, como James, Teo, Ospina, Cuadrado, que nos fizeram sonhar.

Canção "Dare" (La La La) Copa 2014

- Estou muito agradecida pelo apoio, pela recepção que deram à canção. Foi muito maior do que esperava os, teve 200 milhões de visitas na internet. Era mais do que esperávamos. Estou aqui por meus fãs. Meu público me trouxe aqui. Disso jamais esquecerei. É um dos incentivos maiores para seguir minha carreira com mais garra que nunca. O carinho que me demonstraram por isso é palpável, quase posso tocar com as mãos.

Saiba como será o cronograma dos shows de encerramento a partir das 14h20:

- Abertura com a música "Dare", interpretada por Shakira e Carlinhos Brown
- Música "Dar um jeito", hino oficial da Copa do Mundo Fifa, interpretada por Alexandre Pires, Carlos Santana e Wyclef Jean
- Encerramento dos shows com pot-pourri de sucessos brasileiros interpretados por Alexandre Pires e Ivete Sangalo


*Os portões abrem às 12h deste domingo. A final da Copa do Mundo entre Alemanha e Argentina está marcada para 16h (de Brasília).

Pausa para selfie: Shakira e Wyclef Jean param para tirar foto durante a entrevista deste sábado

Vale o penta? Título encaminha nova bola de ouro para o tetra Lionel Messi

História mostra que país campeão da Copa costuma ter craque eleito pela Fifa em Zurique. Exceção é exatamente o argentino, dono do troféu em 2010 e mal no Mundial

Título mundial encaminharia mais uma Bola de Ouro para Messi
Abre o olho, Cristiano Ronaldo! Campeão da Champions League pelo Real Madrid, com direito a recorde de gols batido, o português surgia como favorito para ganhar pela terceira vez o prêmio de melhor do mundo na temporada. Tinha, no entanto, uma Copa do Mundo no caminho. E aí, amigo, tudo muda. Um mês vale mais que o restante do ano, e a história mostra que um título da Argentina, domingo, no Maracanã, diante da Alemanha, dificilmente não fará com que Lionel Messi alcance pela quinta vez a maior premiação individual do futebol no planeta.  

Não que o argentino esteja fazendo um Mundial estupendo até o momento. Não, não está. Depois de lampejos decisivos na primeira fase, onde marcou quatro gols em três jogos, segue em branco no mata-mata e apareceu "somente" na assistência para o gol de Di María, nas oitavas de final, contra a Suíça. O retrospecto da premiação da Fifa, por sua vez, mostra uma tendência muito forte para que o melhor da temporada saia do campeão do mundo. Somente uma vez isso não aconteceu, e o troféu foi parar nas mãos de justamente quem? Lionel Messi.  

Campeã com um futebol pautado no jogo coletivo, a Espanha até colocou dois representantes entre os três finalistas em 2010, Xavi e Iniesta, mas a dupla não foi páreo para os 60 gols de Messi na temporada. Este exemplo, inclusive, vale para o caso de a Alemanha ser campeã no Rio de Janeiro, algo que CR7 deve estar torcendo muito. Sem uma estrela tão reluzente como o argentino e o português, os germânicos têm em Müller o principal destaque individual, um jogador que até pode ser eleito o craque da Copa, mas não tem força para vencer a votação no fim do ano. Aí, o retrospecto no Bayern passa a ser levado em conta, e o atacante sequer é titular absoluto de Guardiola.  

Com Messi, a situação é diferente, e não faltarão motivos para ampliar uma lista que já conta com Lothar Matthäus, Romário, Zidane, Ronaldo e Cannavaro. Todos campeões mundiais no meio do ano e consagrados como melhores do mundo meses depois. A exceção foi o defensor alemão, que teve que esperar até o ano seguinte para ser coroado, e logo no primeiro ano em que a Fifa criou a premiação, em 1991.

Matthäus, Romário, Cannavaro, Zidane e Ronaldo

Capitão da Alemanha de Franz Beckenbauer, Matthäus jogava como líbero e marcou quatro gols no Mundial da Itália - mesmo número que Messi atualmente. Na semifinal, ainda converteu sua cobrança de pênalti na série com a Inglaterra, em outra coincidência com o argentino. A Fifa, no entanto, elegeu o italiano Salvatore Schillaci como melhor jogador da competição, pelos seis gols marcados que lhe renderam também a artilharia. Matthäus, por sua vez, levou a badalada Bola de Ouro da revista France Football e esperou até o fim de 91 para ser agraciado pela entidade máxima do futebol.  

Quatro anos depois, não teve para ninguém: Romário conseguiu a dobradinha. O Baixinho fez cinco gols na campanha do tetra do Brasil e foi eleito o craque do Mundial dos EUA. Seis meses mais tarde, levou a melhor também em votação da Fifa e deixou para trás o amigo búlgaro Stoichkov, com quem jogava junto no Barcelona, e o italiano Roberto Baggio.  

Na França, em 1998, Zinedine Zidane foi a bola da vez. A expulsão na primeira fase, que o tirou de boa parte da campanha vitoriosa francesa, o impediu de ser eleito o melhor do Mundial, posto que ficou com Ronaldo. Zizou, entretanto, não ficaria de mãos abanando depois de marcar dois gols na final contra o Brasil, e venceu o primeiro de seus três prêmios de melhor do mundo.  

Já Ronaldo viveu papel inverso na história na disputa em gramados asiáticos. Goleador máximo da Copa de 2002, na Coreia e no Japão, viu Oliver Khan ser consagrado o craque da competição antes mesmo de falhar em um dos gols do Fenômeno na final do Brasil. O erro foi reparado meses depois, quando o brasileiro faturou o tri na festa de gala da Fifa. Já o último campeão do mundo e também consagrado individualmente foi aquele que talvez mais comprove a importância de um Mundial na votação: Fabio Cannavaro.

Messi e suas quatro Bolas de Ouro: título da Copa poderia ser o caminho para mais uma na coleção

O italiano foi o capitão do tetracampeonato da Azzura, em 2006, na Alemanha. Sua participação, entretanto, foi sem maiores destaques individuais, longe do que fez Matthäus 16 anos antes, por exemplo. Símbolo do jogo coletivo e defensivo da Itália, o zagueiro acabou vendo o troféu de melhor do mundo cair em seu colo depois da cabeçada de Zidane, craque do torneio, em Materazzi na final e a participação trágica de Ronaldinho na competição. Neste caso, a Copa do Mundo interferiu mais para tirar a eleição das mãos dos favoritos.

Coube a 2010 ser o único ano em que nem o campeão, nem o craque da Copa fizeram a festa na premiação em Zurique. Diego Forlán, do Uruguai, foi aclamado na África do Sul, mas sequer foi nomeado para disputar o troféu da Fifa. Era o ano do segundo dos quatro títulos de Lionel Messi. Isso com a Argentina saindo goleada nas quartas de final e sem marcar um golzinho sequer. Imagina com título domingo? É, Cristiano. O jeito vai ser virar alemão.





Higuaín fala em vitória por um lugar na eternidade: "Final é impagável"

Atacante admite que Argentina não tem apresentado um futebol bonito na Copa, mas não se importa se título vier na base da dedicação: "Entrega e atitude nunca faltaram"

Noventa minutos para eternidade. Noventa minutos para ser lembrado para todo sempre como um herói nacional. Gonzalo Higuaín sonha alto, trabalha em sua mente a grandiosidade do feito alcançado se vencer a Argentina vencer a Alemanha, domingo, às 16h (de Brasília), no Maracanã, pela final da Copa do Mundo. Bicampeões, os hermanos vivem jejum desde 1986. Havia 24 anos que sequer passavam das quartas de final. Agora, chegaram, e justamente no maior templo do país vizinho e principal rival. Um triunfo diante dos germânicos será ainda mais especial. E Pipita sabe do peso histórico disso.
  
Esperança de gol ao lado de Messi, Higuaín tem tido um Mundial de altos e baixos. Determinante para melhora de rendimento da equipe na estreia contra a Bósnia, quando deu assistência para o gol de Leo, sumiu ao se tornar titular contra Irã, Nigéria e Suíça. Sequer finalizou com perigo. Mas foi herói nas quartas de final diante de Bélgica, em Brasília. Na semi, com a Holanda, apagou novamente. Oscilação que também marcou a Argentina em boa parte deste Mundial. O que importa para o atacante, porém, é a vaga na decisão e para vencê-la ele não faz questão de futebol bonito.

Higuaín, sobre estar na final: "É algo sem palavras, espetacular"

- Vamos cumprir o nosso objetivo se levantarmos esta Copa. A meta era estar na final e conseguimos. Temos uma partida para escrever uma história eterna. Em Mundiais, muitas vezes não é possível fazer o futebol mais bonito, mas entrega e atitude nunca faltaram. Por isso, chegamos na final.  

Do banco de reservas, Higuaín viu a vitória da Argentina sobre a Holanda, nos pênaltis, na semifinal, em São Paulo - foi substituído por Agüero no segundo tempo. Angustiado, disse sempre ter acreditado no goleiro Romero, mas admitiu que a sorte também ajudou. Sorte que tem acompanhado os hermanos até uma decisão que ainda deixa Pipita desnorteado.

- Tínhamos muita confiança em Romero e nos batedores. É uma loteria, né? Por sorte, estamos na final, que não acontece todo dia. Ainda não temos a dimensão do que vamos jogar. É algo sem palavras, impagável. É algo espetacular.  

A Argentina chega no Rio de Janeiro no início da tarde deste sábado e treinará em São Januário na prévia da decisão. Com Higuaín garantido, Sabella aguarda a recuperação de Di María para definir a equipe titular. A tendência, no entanto, é a manutenção da escalação que venceu a Holanda, mesmo que Angel se mostre bem do problema na coxa direita.

Decisão terá Alemanha de branco e Argentina pela primeira vez de azul

Seleções repetem camisas da última vez que decidiram a Copa, na Itália, em 1990

Sai o Estádio Olímpico de Roma, entra o Maracanã. Mas a vestimenta das seleções finalistas da Copa do Mundo será a mesma. Alemanha e Argentina entram em campo neste domingo, às 16h (de Brasília), no Rio de Janeiro, com as cores da decisão do Mundial de 1990, na Itália. Mandantes, os alemães jogarão com a camisa branca pela quinta vez, e os argentinos estreiam a sua camisa azul no Brasil.

De branco, Thomas Müller comemora gol na estreia da Alemanha, contra Portugal

A Alemanha, assim, "deixa" de lado a camisa rubro-negra usada na vitória sobre os Estados Unidos (1 a 0) e no massacre na seleção brasileira (7 a 1). O modelo azul lançado para a Copa foi usado apenas uma vez pela Argentina, na vitória por 3 a 0 sobre Trinidad e Tobago em amistoso realizado no dia 5 de junho – em 1986, no México, na primeira vez em que decidiram o título mundial, os sul-americanos entraram em campo com a sua tradicional camisa azul e branca, e os europeus atuaram de verde.

Messi e a camisa azul 2014 da Argentina no amistoso contra Trinidad e Tobago


Acordo por Suárez é o mais caro da janela atual e quarto maior da história

Uruguaio é comprado por R$ 244,7 milhões e perde apenas para Neymar entre as compras realizadas pelo Barça, responsável por três das 10 maiores transferências

É inegável que o Barcelona forma muitos de seus craques em casa, a começar por Lionel Messi, Andrés Iniesta e outros frutos de La Masía. Mas o clube catalão também sabe abrir os cofres para comprar astros. A contratação de Luis Suárez, anunciada nesta sexta-feira, entrou para o hall das maiores da história, ocupando o quarto lugar no ranking com os prováveis € 81 milhões (R$ 244,7 milhões) gastos pelo time blaugrana. Trata-se da segunda maior compra da história do Barça, atrás apenas de Neymar, contratado por € 86 milhões (R$ 260,3 milhões, atualmente) há um ano.

Suárez se torna a segunda contratação mais cara da história do Barça

Com a vinda de Suárez, o Barcelona consolida-se na posição de um dos grandes compradores do futebol mundial. Das 10 maiores contratações da história, o clube catalão foi responsável por três: além de Neymar e Suárez, Zlatan Ibrahimovic está na sexta colocação do ranking, comprado por € 69,5 milhões (R$ 210 milhões, atualmente). Comprador mais ativo apenas o rival Real Madrid, responsável por quatro contratações do Top 10, incluindo as duas mais caras: Cristiano Ronaldo (€ 94 milhões ou R$ 284 milhões, atualmente) e Gareth Bale (€ 91 milhões ou R$ 275 milhões, atualmente).

A contratação de Suárez também agita a janela atual de transferências na Europa, sendo, de longe, a mais cara até o momento. Na segunda e terceira colocações aparecem as transferências de dois brasileiros: David Luiz e Diego Costa. O zagueiro, destaque da Seleção na Copa do Mundo, foi comprado pelo PSG junto ao Chelsea por € 49,5 milhões (R$ 149,5 milhões), enquanto o atacante que estava no Atlético de Madrid foi adquirido pelos Blues por € 38 milhões (R$ 114,8 milhões).





Presidente do Barça diz que, na Copa, Messi voltou a ser o melhor do mundo

Dirigente elege o argentino e Neymar como destaques do Mundial, e mostra confiança na recuperação da lesão e no sucesso do brasileiro com a Seleção no futuro

Bartomeu estará no Maracanã neste domingo
Liderados pelo presidente Josep Maria Bartomeu, os principais membros da diretoria do Barcelona viajaram para o Rio de Janeiro, onde torcerão por Messi e Mascherano na final da Copa do Mundo entre Alemanha e Argentina, disputada neste domingo, no Maracanã. O mandatário está feliz com o desempenho do camisa 10 com a Albiceleste e acha que a participação no Mundial está sendo benéfica para a carreira do atacante, que voltou a ter atuações dignas de um craque.

- Estou muito feliz por vê-lo perto de uma final tão desejada por ele. Messi participou de uma maneira muito direta de todas as vitórias de sua equipe e o vimos fazer gols preciosos. Leo voltou a mostrar que é o melhor jogador do mundo.

Bartomeu tem uma outra preocupação em território brasileiro: a lesão de Neymar. O presidente elogiou a participação do astro canarinho na Copa do Mundo, destacando que, ao lado de Messi, foi um dos protagonistas da competição.

- Até a lesão ele estava fazendo um torneio incrível. Apesar de sua juventude, seu progresso futebolístico e sua liderança foram marcantes para a seleção brasileira. Vivemos de perto a lesão, estamos sendo informados através de nossos serviços médicos e em contato direto com ele e sua família. É muito jovem e terá novas oportunidades de triunfar com a seleção. Independentemente do que acontecer na final, Messi e Neymar são duas das referências do Mundial.

O lateral Daniel Alves também teve o trabalho reconhecido pelo presidente do Barcelona.

- Nas partidas que jogou, Alves voltou a mostrar sua qualidade. Recebeu um golpe importante, mas seu caráter fará com que dê a volta por cima.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Barca revela o número de Luis Suarez ... com um vídeo

FC Barcelona tornado público o número de Luis Suarez através de um vídeo do Youtube em que eles viam como o seu número foi estampado

Luis Suarez terá número '9 'no FC Barcelona. Depois de anunciar a ida de Alexis Sanchez do FC Barcelona, o número esteve vago apenas por algumas horas até que o clube tenha mostrado neste vídeo que Suarez levará o numero 9 na camisa. O uruguaio vem para o Barça depois de pagar 81 milhões de euros para o Liverpool e assinou por cinco temporadas com o clube catalão


Suarez, a segunda contratação mais cara da história do Barça

O atacante uruguaio se torna a segunda maior transferência da história do clube, atrás apenas de Neymar

As três mais caras transferências da história do Barça
Com 81 milhões de euros pagos pelo clube para a contratação de Luis Suárez, o atacante uruguaio torna-se oficialmente a segunda contratação mais cara da história do clube catalão, atrás apenas de Neymar. 

A estrela brasileira, que desembarcou em Barcelona no verão passado, custou ao clube € 86.200.000 e representou a maior da história do clube através da compra de um jogador de futebol de investimento.

Na terceira etapa deste ranking particular, aparece o sueco Zlatan Ibrahimovic. Até o atacante polêmico, que estava no clube apenas uma temporada, em 66 milhões.

De Laurenttis: "Nós dissemos não ao Barça por Callejón"

O presidente do Nápoli asegura que o Barça queria o Callejón, mas não vamos passar

De acordo com o presidente do Napoli, o clube queria a Callejon
Já na quinta-feira pela Itália veio um rumor que parecia nada menos que incrível. Incapaz de assinar com Higuain, o clube tornou-se interessado em outro jogador do Nápoles, José Callejon. Parecia mais um brincadeira que até mesmo um boato, mas se prestarmos atenção ao presidente do Nápoles não foi, talvez, como um louco.

Aurelio De Laurentiis deu uma entrevista ao “Corriere dello Sport” e falou sobre o tema mercado.
Perguntado por responde Callejón. "Queriam o Barcelona e Atlético de Madrid, mas não vou deixá-lo ir. Eu não tenho nenhuma intenção de vendê-lo." A declaração certamente surpreendente, porque parece improvável que o clube pode ter, na verdade, interesse por ex-jogador de Espanyol e Real Madrid.

Na mesma entrevista, o presidente do Napoli falou também sobre rumores  da possível saída de Higuaín. "Ele tem alguns valores morais importantes. É um cara educado e nunca causou problemas. Mas, por favor, você acha que um homem que já distribuiu centenas de filmes, sou eu, não sei fazer um contrato? Porque há um ano quando Higuain assinou por nós, o contrato é colocar uma clausura de rescisão de 100 milhões de euros ".

Oier Olazábal, transferido para o Granada

A transação não inclui qualquer transação financeira, mas o Barça reserva os direitos econômicos sobre uma futura transação

Oier Olazabal vai jogar na próxima temporada no Granada
Oier Olazabal vai jogar na próxima temporada no Granada CF, depois de os dois clubes chegaram a um acordo, o clube catalão anunciou em um comunicado emitido sexta-feira.

A transferência do jogador basco de 24 anos, não incluiu qualquer transação financeira, no entanto, o clube fez reservas do direitos econômicos do jogador sobre uma futura transação.

Oier, desembarcou na base do clube catalão, tornando-se a primeira equipe do terceiro goleiro na última temporada. No mesmo comunicado, o clube queria agradecer "públiacmente Oier Olazábal pelo seu profissionalismo e dedicação durante essas épocas em que ele esteve no clube e transferi-lo os melhores desejos para o futuro."

O pai de Tello convenceu o filho a ir para o Porto

O pai de Cristian Tello, Joaquín Tello, afirmou para o "Maisfutebol" que o jogador chegará para o Porto segunda ou terça da semana que vem.

Tello jogará a aproxima temporada no Porto 
Não é oficial e também nem é conhecido se vai ser sobre um empréstimo ou transferido, mas Cristian Tello vai jogar no Porto na próxima temporada. Se a operação foi um segredo até agora, o pai do jogador, Joaquín Tello, confirmou ao 'Maisfutebol'.


"Cristian está feliz e ansioso para mostrar no Porto para todos que vale a pena. Este fim de semana arrumar as malas e dizer adeus. Ele vai chegar na segunda-feira ou terça-feira", disse Joaquín Tello.

Além disso, o pai de Tello também confirmou que convenceu seu filho a não perder a chamada de Lopetegui. "Cristian, aproveita isso, Porto não é um clube qualquer, é um grande na Europa", disse ele.
Ter uma filha mudou Cristian Tello. "Agora é uma pessoa alegre e aberto. Antes era sempre muito sério, eu dizia que parecia com Cristiano Ronaldo", disse Joaquin.

Por último, o pai do extremo de Sabadell lamentou a falta de confiança que deu Tata Martino a seu filho. "Ele não iria abrir mão das 'vacas sagradas' ", disse.

Briga para dominar meio-campo norteia decisão entre Alemanha e Argentina

Schweinsteiger e Messi: protagonistas 
no meio-campo dos finalistas da Copa-2014
A Copa do Mundo de 2014 tem tudo para ser decidida pelo setor de criatividade. Alemanha e Argentina, que se enfrentam neste domingo, às 16h, no Maracanã, usaram a troca de passes como uma de suas armas para chegar à partida mais importante do torneio.

De acordo com os dados estatísticos da Fifa, a Alemanha, que venceu cinco dos seis jogos disputados -um deles na prorrogação-, é a líder em passes completos, com 3.421, o que representa 82% do total. A seleção germânica só é equiparada pela Espanha, que trocou bola 1703 vezes. Mas como a "Fúria" disputou só três partidas, a média das equipes é parecida.

Do outro lado, a Argentina vem logo atrás com 2928 passes completos, ou 78% de aproveitamento. A seleção alviceleste é a segunda que mais troca bolas, atrás da Alemanha, mas, na média, tem também a Espanha à sua frente.

E é justamente um "hermano" o líder de passes certos no Mundial. O volante Mascherano completou 478 trocas de bola e deixou até os alemães para trás na contagem. A equipe de Joachim Low conta com cinco atletas entre os 10 primeiros. O meia/lateral Lahm é o segundo, com 458, seguido por Kroos, com 443 passes completos.

Os números comprovam a eficiência da Alemanha e a paciência para chegar ao gol. Além de Kroos e Lahm, a bola passa também obrigatoriamente por Schweinsteiger, rodando por todo o meio-campo, antes de chegar no ponto para o trabalho de Thomas Muller, Ozil e Klose.

Na Alemanha, jogadas bem trabalhadas no meio-campo para conduzir time ao ataque

Na Argentina, todo o trabalho é conduzido para a bola chegar aos pés de Messi. E para isso, os 'hermanos' utilizam como nunca as laterais do campo. O camisa 10 se posiciona mais pelo lado direito, enquanto Di María é o encarregado pela esquerda.

Quando tem a posse de bola, a Argentina se mostra mais capaz para transformá-la em jogadas agudas. A seleção de Alejandro Sabella é quem mais criou lances ofensivos, com 311 tentativas. E isso culminou com 95 finalizações, ficando atrás apenas do Brasil (100).

Nesse quesito, a Alemanha não vai tão bem, pois é o quarto que mais cria jogadas na frente, com 250 tentativas, e só o quinto em finalizações (88). O fato de ter todos os gols marcados dentro da área mostra o quanto a Alemanha trabalha a posse de bola em vez de buscar o gol a qualquer custo. Já a Argentina contou com três gols de Messi de fora da área.

No aspecto defensivo, a Argentina leva a melhor. E grande parte disso graças a Mascherano. São 104 desarmes, sendo 62 completos. O número é inferior apenas ao do Brasil, que conseguiu tirar a bola do adversário em 134 oportunidades.

Enquanto Mascherano é o terceiro jogador que mais desarmou, segundo dados da Fifa, com 18 interceptações, a Alemanha tem no lateral Howedes seu principal 'ladrão'. Foram 16 bolas roubadas do adversário, mas apenas cinco completas.

Na Argentina, a busca pelas laterais é mais constante para chegar ao gol
A Alemanha chega à final com 17 gols marcados, mais que o dobro do adversário. Porém, 40% deles foram marcados diante do Brasil na vitória por 7 a 1 pela semifinal. A seleção germânica também sofreu quatro gols e tem Thomas Muller como artilheiro, com cinco gols.

A Argentina, que no começo da Copa tinha a defesa como setor mais preocupante, tem a melhor defesa do Mundial, com apenas três gols sofridos. A equipe marcou oito gols e tem Lionel Messi como artilheiro, com quatro tentos.

Defesa argentina cala críticos, se recusa a levar gols na Copa e vira o ponto forte

Mascherano é o grande destaque da Argentina
Minutos finais da semifinal de São Paulo. Um jogo com poucas chances de gol, quase nenhuma. Mas a Holanda, finalmente, encontra Robben na posição que ele gosta. O atacante, talvez melhor jogador da Copa, invade a área e prepara o tiro fatal. Mas aparece um corpo voando, um bico de chuteira, e a bola sai para escanteio.

"Pensei que ele ia chutar, pensei que não ia alcançar, pensei que ia travar, pensei um monte de coisas… e graças a Deus ele chutou, graças a Deus eu cheguei, graças a Deus não foi gol".

Quem conta é Javier Mascherano, o homem que salvou o dia argentino na quarta-feira. A travada sobre Robben foi a cereja do bolo após três jogos em que o grande destaque da Argentina foi o jogador menos badalado do Barcelona. Se a primeira fase foi de Messi, o mata-mata foi de Mascherano até agora.

"Foram muitos anos, mas chegou a hora. Nossa bandeira volta a brilhar em uma final do mundo. Só temos que estar à altura das circunstâncias, será o jogo mais importante das nossas carreiras. É um orgulho que nos enche a alma, algo que não podemos explicar", falou o volante argentino.

"Mascherano é nosso líder, trabalha 100% o tempo todo. É o técnico no campo, sempre falando sobre os adversários, posicionamento, parte tática. Quando ele vê que alguém está cansado, ele vai lá cobrir. Não tenho palavras para descrever o que ele significa para a gente", comentou outro dos líderes do time, o lateral Pablo Zabaleta.

Antes da Copa do Mundo e mesmo durante os primeiros jogos, a imprensa mundial analisava a Argentina como uma seleção fortíssima no ataque, com o quarteto formado por Messi, Di María, Aguero e Higuaín, mas pouco confiável atrás. "Precisamos mostrar que somos favoritos, porque ainda não mostramos que somos um time sólido", falou à BBC Brasil o ex-lateral Juan Pablo Sorín, duas semanas antes da abertura.

O ceticismo em relação à defesa ganhou força após os 3 a 2 sobre a Nigéria, no último jogo da fase de grupos. Problemas atrás, Messi resolvendo na frente. Já nas oitavas, contra a Suíça, a Argentina sofreu pouco na defesa, ainda que os suíços pouco tenham buscado o ataque. Para o jogo seguinte, o técnico Alejandro Sabella mudou duas peças: Biglia, um volante mais defensivo, no lugar de Gago, e Demichelis, mais experiente, no lugar de Fernandez na zaga. A lesão de Di María gerou a entrada no time de Enzo Pérez, um jogador que defende mais que ataca.

O fato é que o time mostrou-se compacto e sólido contra Bélgica e Holanda, cedendo raríssimas ocasiões de gol e contando com um Mascherano monstruoso nos momentos de necessidade. "Eles foram muito sólidos, realmente", disse à BBC Brasil o veterano holandês Dirk Kuyt.

"É para calar um pouco as críticas e mostrar que este é um time, não somos quatro ou cinco jogadores", falou o zagueiro Garay, respondendo aos que diziam que a Argentina era pouco mais do que seu quarteto ofensivo.

"A defesa começa com os atacantes, que também estão fazendo as coisas bem", disse Biglia. "Seis jogos, três gols. Se tínhamos sido primeiros nas eliminatórias era também pelo grande trabalho da defesa, e agora estão demonstrando novamente. Só posso agradecer a eles por poder jogar uma final", falou o atacante Higuaín.

Espírito coletivo

O ex-jogador Daniel Passarella, que levantou a taça como capitão em 1978, reconhece que o sistema defensivo está surpreendendo a todos de forma positiva.

"Quando a Argentina finalizou as eliminatórias, todo mundo dizia que o problema era a defesa e o goleiro (Sergio Romero). O goleiro está tendo uma Copa excelente, e a nossa zaga também. Hoje a Argentina tem um time equilibrado, uma zaga mais segura, e Mascherano é o líder do time", analisou no canal Sportv.

Espírito coletivo domina o discurso da seleção argentina

Romero fez duas defesas na disputa de pênaltis contra a Holanda mas, mais que isso, contribuiu com participações essenciais nos jogos do mata-mata. Dando o tom do espírito coletivo que domina o discurso da seleção argentina, ele divide os méritos com todos os outros.

"Eu fico ali embaixo do gol e eles correm, correm, correm. Meu trabalho é não deixar a bola entrar, mas preciso dividir tudo isso com meus companheiros, que se matam em campo. Antes dos pênaltis, Mascherano me disse que 'a história ia mudar', que ia ser meu momento. Me deu muita confiança. O trabalho que estamos fazendo é incrível na defesa, tudo está saindo como planejamos", contou Romero à BBC Brasil.

A Argentina ficou quatro jogos, dos seis que fez, sem tomar gols na Copa. Uma campanha que, de alguma forma, lembra a da Espanha em 2010. Na Copa passada, os espanhóis não tomaram um gol sequer na fase eliminatória do torneio. Na semifinal, fizeram 1 a 0 sobre uma Alemanha que havia marcado quatro contra Inglaterra e a própria Argentina nos jogos anteriores.

É a Alemanha, que não vence uma Copa desde 1990 e uma Eurocopa desde 1996, o último obstáculo para a Argentina, que vive uma fila ainda maior. Ganhou a última Copa em 1986 e a última Copa América em 1993. Os alemães eliminaram os argentinos das últimas duas Copas, sempre na fase de quartas de final.
"É um timaço, que joga de forma formidável, tem técnica, potência, jogo, que fez o que fez com o Brasil. Temos que estar concentrados e não dar espaço, porque com espaço são perigosíssimos", alertou Mascherano.

"Temos trabalhado muito um pelo outro, com linhas compactas. Temos generosidade, espírito, entrega, estamos sólidos taticamente. Não damos espetáculo, mas valorizamos a entrega, o trabalho como equipe, e assim será na final", disse Zabaleta. "Vamos enfrentar um dos melhores times do mundo, mas eles também terão certa preocupação de enfrentar essa Argentina, pois sabem que somos um time de entrega, solidário e com jogadores lá na frente que podem desequilibrar. Sofremos derrotas importantes para eles. Temos que ser honestos e pensar que perdemos porque o rival teve mais mérito, mas agora é uma final, e em uma final tudo pode acontecer."

A Alemanha chega como favorita essencialmente pelos 7 a 1 impostos sobre o Brasil, anfitrião do Mundial. Tem média de 2,8 gols por jogo (fez 17) e já se mostrava avassaladora nas eliminatórias: 36 gols em 10 jogos (3,6 por jogo). No Mundial, é o time que mais trocou passes, com sucesso de 82%.
Contra o Brasil, os alemães encontraram todo o espaço que queriam para fazer o jogo de controle e associações no meio, com Kroos, Schweinsteiger e Khedira alimentando Ozil, Muller e Klose.
Contra a Argentina de Mascherano, a tendência é que não seja tão fácil.

Vaticano afirma que Papas ainda não sabem se verão final da Copa juntos

Porta-voz minimiza especulações sobre possível encontro entre Francisco e Bento XVI para partida entre Alemanha e Argentina e pede "pausa para a paz" no domingo

A final da Copa do Mundo dividirá o Vaticano. A partida entre Alemanha e Argentina no próximo domingo, no Maracanã, fez surgir a dúvida na imprensa que cobre o dia a dia na sede da Igreja Católica: Bento XVI e Francisco assistirão a decisão juntos? O Vaticano não se manifesta sobre tal possibilidade e tenta afastar tal especulação. Mas vê a situação como “divertida e interessante” e pede para que os torcedores usem o momento para uma “pausa para a paz”, segundo noticia desta sexta-feira da agência Reuters.

Papa Francisco é reconhecido por sua paixão pelo futebol

Joseph Ratzinger, alemão e antecessor de Francisco, tem 87 anos e não é um grande fã de futebol. Mas uma fonte ouvida pela Reuters apontou que a situação única como a final da Copa do Mundo pode fazer diferença. A fonte, um oficial veterano no Vaticano, que trabalha tanto para o argentino, quanto para o alemão, disse que ainda não há uma decisão sobre se assistirão à partida juntos.

Aproveitando o apelo com o momento, o Conselho para Cultura do Vaticano, o qual inclui esportes, pediu um momento de silêncio no domingo para que “coisas importantes sejam pensadas”, como a paz, e sugeriu o instante de reflexão para todas as instituições envolvidas no jogo.

- Vamos ter uma pausa para a paz. Na Grécia antiga havia pausa nos conflitos durante os Jogos Olímpicos. Por que não na Copa do Mundo? Por que não um momento de silêncio, uma trégua? – declarou o Monsenhor Melcher Sanchez de Tosca y Alameda, subsecretário do Conselho, que também anunciou a hashtag #PAUSEforPeace (PAUSAparapaz, em português) para ser usada durante o jogo.  

Desde sua aposentadoria, Bento XVI, de 87 anos, vive em reclusão em um antigo convento do Vaticano. Quando era arcebispo de Munique, ia a algumas partidas do Bayern. Já o Papa Francisco, de 77 anos, é reconhecido por sua paixão pelo futebol, sobretudo pelo San Lorenzo.

Árbitro de dois jogos da Argentina na Copa, italiano Nicola Rizzoli apita final

Juiz apitou três partidas no Mundial, dentre elas os duelos dos argentinos contra a Nigéria, na primeira fase, e Bélgica, nas quartas de final


O italiano Nicola Rizzoli, de 42 anos, será o árbitro da final da Copa do Mundo, no próximo domingo, no Maracanã, na partida entre Argentina e Alemanha, às 16h. O anúncio foi feito na tarde desta sexta-feira por Massimo Busacca, chefe do departamento de arbitragem da Fifa, durante o briefing diário organizado pela entidade no Maracanã. Será a quarta partida do Mundial apitada por Rizzoli, a terceira que envolve os argentinos. Renato Faverani e Andrea Stefani, também italianos, serão os auxiliares. O equatoriano Carlos Vera será o quarto árbitro.

Nicola Rizzoli apitou dois jogos da Argentina na Copa

O italiano esteve presente na vitória da Argentina diante da Nigéria por 3 a 2, em Porto Alegre, e no confronto dos Hermanos nas quartas de final, contra a Bélgica, quando os sul-americanos venceram por 1 a 0, em Brasília. Ele também apitou a goleada da Holanda sobre a Espanha por 5 a 1, em Salvador.
Nicola será o terceiro italiano a apitar uma final de Copa do Mundo. Antes, Sergio Gonella comandou o jogo entre Argentina e Holanda, em 1978, e Pierluigi Collina foi o árbitro do pentacampeonato brasileiro, contra a Alemanha, em 2002.

- É o máximo que cada um pode sonhar, é maravilhoso, impossível descrever para um árbitro o que é apitar uma final. Vou dedicar o máximo de mim, são 20 anos que trabalho nisso, comecei com 16. Não é só a minha experiência pessoal, mas também a dos outros, que nesse momento me ensinam muito. Eu represento a Itália nesse momento também, quero ser um dos melhores - afirmou o árbitro.

Rizzoli é árbitro da Fifa desde 2007 e está em sua primeira Copa do Mundo. Ele apitou jogos da Eurocopa de 2012 e foi o juiz da final da Liga dos Campeões da Europa do ano passado, entre Bayern de Munique e Borussia Dortmund.

Momento do anúncio de Nicola Rizzoli como árbitro da final da Copa do Mundo


Navas, Neuer e Romero disputam o prêmio de melhor goleiro da Copa

Já Depay, Pogba e Varane concorrem pela vaga de revelação do Mundial do Brasil

A Fifa divulgou no início da tarde desta sexta-feira que o costa-riquenho Keylor Navas, o alemão Manuel Neuer e o argentino Sergio Romero disputarão o prêmio de melhor goleiro da Copa do Mundo de 2014.  A entidade informou também os três jogadores que concorrem pela vaga de revelação do Mundial: os franceses Paul Pogba e Raphael Varane e o holandês Memphis Depay.

Mais cedo, por meio de sua conta oficial, a bola da Copa do Mundo de 2014, a Brazuca, anunciou os dez candidatos à bola de ouro da competição. A lista tem o atacante Neymar, do Brasil, e os argentinos Ángel Di María (que ficou fora da semifinal contra a Holanda), Lionel Messi e Javier Mascherano.


Além deles, estão quatro alemães: o zagueiro Mats Hummels, o lateral-direito Philip Lahm, o atacante Thomas Müller e o meia Toni Kroos. Arjen Robben, da Holanda, também foi lembrado. O único atleta nomeado de times de fora da semifinal foi o atacante James Rodríguez, da Colômbia.

Anunciados os candidatos à Bola de Ouro Adidas

A sorte está lançada para se definir quem, entre tantos craques, foi aquele que mais se destacou ao longo da memorável Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014. Nesta sexta-feira, 11 de julho, a FIFA anunciou oficialmente os dez candidatos ao prêmio Bola de Ouro adidas para o melhor jogador da competição.


A lista de dez indicados foi definida pelos membros do Grupo de Estudos Técnicos da FIFA, um conjunto de especialistas que acompanharam de perto cada uma das partidas da competição até aqui. Os candidatos, em ordem alfabética, são:


- Ángel Di María (Argentina)
Desde o início, Lionel Messi teve um escudeiro de primeira a seu lado, comandado o ataque argentino: fosse chutando de longe, arrancando com a bola ou decidindo com categoria - como nas oitavas, contra a Suíça – Di María foi garantia de preocupação para as defesas que enfrentaram a Albiceleste.

- Mats Hummels (Alemanha)
Por sua atuação sólida no centro da defesa alemã ao longo da Copa do Mundo, o zagueiro do Borussia Dortmund já mereceria elogios. Mas ele não se contentou com isso e ainda tratou de, de cabeça, marcar dois gols: um contra Portugal e outro decisivo nas quartas contra a França.

- Toni Kroos (Alemanha)
A atuação exuberante nos históricos 7 a 1 só coroou aquilo que Kroos tem feito regularmente pela Mannschaft: um controle absoluto de tudo o que se passa no meio-campo e um perigo constante nos lançamentos e cruzamentos precisos.

- Philipp Lahm (Alemanha)
O capitão alemão iniciou sua trajetória na Copa do Mundo da FIFA como meio-campista, antes de assumir a condição de lateral-direito. Em uma posição como na outra, é um dos motores de precisão e regularidade do time de Joachim Low.

- Javier Mascherano (Argentina)
Com todo o talento em sua dianteira, a Argentina também tem brilhado por sua solidez defensiva, e boa parte dela se deve ao trabalho incansável do volante na proteção da área.

- Lionel Messi (Argentina)
Para quem tinha a pressão de nunca ter anotado em Mundiais, Messi foi simplesmente letal, deixando sua marca decisiva em cada uma das três primeiras vitórias argentinas e se destacando na fase eliminatória.

- Thomas Mueller (Alemanha)
Ao abrir sua campanha com um hat-trick diante de Portugal, o Chuteira de Ouro adidas da África do Sul 2010 começou a mostrar aquilo que foi ao longo do Mundial: a maior arma do poderoso arsenal alemão.

- Neymar (Brasil)
O atacante suportou toda a gigantesca pressão de liderar a Seleção Brasileira em casa com apenas 22 anos e, até se lesionar nas quartas de final, foi a grande figura da equipe, com quatro gols.

- Arjen Robben (Holanda)
Desde a estreia avassaladora diante da campeã Espanha, o holandês mostrou uma forma invejável, coroada por um punhado de arrancadas vertiginosas rumo ao gol.

- James Rodríguez (Colômbia)
Que o meia-atacante era um bom jogador, cheio de técnica, já se sabia. O que ainda não se havia visto era ele brilhar tanto num torneio internacional. Não à toa, graças a seus seis gols em cinco jogos, a Colômbia foi pela primeira vez às quartas de final.


O Grupo de Estudos Técnicos da FIFA vai decidir os vencedores logo após a final, no dia 13 de julho.

Tempos atrás: veja fotos das carteirinhas de Mascherano e Higuaín no River Plate

Além de estarem na grande decisão da Copa do Mundo, contra a Alemanha, no próximo domingo, dia 13, Javier Mascherano e Gonzalo Higuaín têm mais coisas em comum. Os dois jogaram nas categorias de base do River Plate, na Argentina. Veja as carteirinhas do volante e do atacante no clube da capital Buenos Aires. As fotos são do Twitter oficial do River.



Messi tem 'babá' particular 24 horas por dia em Copa no Brasil

No Brasil há mais de um mês para disputar a Copa do Mundo, Lionel Messi não veio sozinho. Durante quase 24 horas por dia, o craque argentino é acompanhado por um velho e fiel companheiro, enviado diretamente para Belo Horizonte (e todas as cidades onde a seleção jogou), seu amigo e funcionário do clube espanhol Pepe Costa.

Lionel Messi tem atenção especial de funcionário do Barcelona durante a Copa

Pepe é homem de confiança dos jogadores do Barcelona, comanda a chamada "Atención al Jugador", conhecido por ser um "faz tudo" do elenco, durante o ano inteiro. Por outro lado, ele transcende a função de secretário de atletas: foi braço-direito de Sandro Rosell, ex-presidente da equipe, e continua lá ajudando a diretoria a manter um clima de tranquilidade no vestiário, trabalhando como olheiro e participando até mesmo de negociações.

O camisa 10 de Alejandro Sabella é o único para quem o time catalão mandou algum membro especial para ficar ao lado, segundo o próprio ajudante de Messi, em contato rápido com a reportagem. A atenção exclusiva, de acordo com a explicação, se deve ao fato de isso já ter acontecido em edições anteriores da Copa, o que o clube preferiu manter para 2014.

Mais do que um membro da diretoria do clube e pessoa de confiança de todo o elenco, Costa é reconhecido por Leo como um amigo íntimo. Em fotos publicadas nas redes sociais, a estrela argentina sempre usa o termo como referência, agora também usado por toda a mídia local e estrangeira. (No vídeo abaixo, ele brinca com seu colega durante um jogo, dando um tapa em sua cabeça, no banco de reservas)

Pepe é o homem de confiança do Barcelona e dos jogadores
De acordo com Federico Russo, jornalista que comanda um programada especial sobre a vida do atleta, Costa ajuda em absolutamente tudo que lhe é solicitado. Desde buscar a família do jogador no aeroporto, passando até por comprar algo que esteja precisando.

Pepe já teve de se passar até mesmo por segurança do jogador, dia que ficou conhecido na Espanha por uma rápido entreveiro entre ele e um fã que queria de qualquer jeito tirar uma foto com Messi e insistia em tocá-lo.


No ano passado, Pepe ficou nos holofotes da mídia brasileira por causa de Neymar. Em março, durante a passagem do Brasil em Genebra para o jogo contra a Itália, o funcionário do clube jantou com o então jogador do Santos, seu pai e com os agentes Marcos Malaquias e André Cury. A reunião foi registrada e divulgada no instagram de Malaquias, que chamou o espanhol de "A lenda". Antes disso, era o próprio Rosell quem dava andamento para as conversas como craque, mas preferiu sair de cena - a relação dos dois começou de verdade na América do Sul. Eles trabalharam juntos na Nike do Brasil, o ex-presidente do Barça como diretor e Pepe como gerente.