Delegação desembarcou na noite desta quinta-feira para a
partida contra Bélgica e optou por entrada alternativa no hotel para não ter
qualquer contato com o público
Imagem de Messi refletida no espelho do ônibus
foi o máximo
que os torcedores
conseguiram ver de Messi na chegada a Brasília
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Os torcedores queriam ver Messi, mas o máximo que
conseguiram foi observar o vulto dele. A Argentina desembarcou nesta
quinta-feira à noite em Brasília cercada de um enorme esquema de segurança.
Quem tentava um autógrafo, foto ou, até mesmo, um simples aceno do craque
argentino se decepcionou. Uma barreira de seguranças impediu, inclusive, a
visão de camisa 10 e dos outros jogadores.
Para a chegada da delegação argentina, o hotel em Brasília
que vai receber a seleção nos próximos dois dias foi isolado e os jogadores não
chegaram a passar pelo saguão como fizeram, há poucos dias, os franceses. Eles
desceram do ônibus e seguiram para uma entrada lateral, cheia de seguranças,
sem qualquer contato com o público que estava aguardando.
Do lado de fora do complexo hoteleiro, aproximadamente 150
pessoas, entre torcedores e jornalistas, esperavam a delegação argentina. A
concentração começou desde as 19h, com as tradicionais músicas de apoio a Messi
e companhia e também de provocação aos brasileiros. Mas eles também não tiveram
muita sorte.
Em meio à maioria “hermana”, também havia brasileiro que
está do lado argentino nesta Copa. É o caso de Natália Aparecida e Mariana
Sanchez. Cada uma por um motivo, elas não escondem a preferência por ver um
tricampeonato argentino do que o hexa canarinho.
Delegação argentina desembarca em Brasília
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Com Natália Aparecida, de 15 anos, a idolatria por Messi a
levou a criar uma relação mais próxima com a Argentina. Com o rosto pintado de
azul e branco, ela carregava uma faixa com os dizeres “Vamos, Leo” e uma foto
posada da equipe.
- Eu sou fã do Messi. E foi por causa dele que comecei a
gostar da Argentina. Agora gosto de todos os jogadores e quero que eles ganhem
esta Copa. Se der uma final entre Brasil e Argentina, vou torcer para a
Argentina. Meio escondida, mas vou – disse.
Já Mariana Sanchez, de 21 anos, tem raízes no país vizinho
para justificar a adoração. Ela é filha de argentino e morou no país por 10
anos durante a infância. Tempo suficiente para alimentar a paixão pelo futebol
local. Bastava a torcida começar a puxar um canto que ela acompanhava.
- Eu ia de quarta e domingo nos jogos com o meu pai. Então,
cresci vendo o futebol argentino. Isso é muito forte em mim. Coisa de família
mesmo. Sem contar a forte relação que tenho com o meu pai. Ficaria um pouco
dividida (numa final Brasil e Argentina), mas pesaria minha infância lá –
conta, toda caracterizada de Argentina, dos pés ao rosto.
Brasileira Mariana Sanchez está na torcida da Argentina e
foi recepcionar os jogadores em Brasília
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A Argentina encara a Bélgica, sábado, às 13h (de Brasília),
pelas quartas de final da Copa. Quem vencer o duelo terá Holanda ou Costa Rica
pela frente na semifinal, quarta, em São Paulo.
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