Atacante admite que Argentina não tem apresentado um futebol
bonito na Copa, mas não se importa se título vier na base da dedicação:
"Entrega e atitude nunca faltaram"
Noventa minutos para eternidade. Noventa minutos para ser
lembrado para todo sempre como um herói nacional. Gonzalo Higuaín sonha alto,
trabalha em sua mente a grandiosidade do feito alcançado se vencer a Argentina
vencer a Alemanha, domingo, às 16h (de Brasília), no Maracanã, pela final da
Copa do Mundo. Bicampeões, os hermanos vivem jejum desde 1986. Havia 24 anos
que sequer passavam das quartas de final. Agora, chegaram, e justamente no
maior templo do país vizinho e principal rival. Um triunfo diante dos
germânicos será ainda mais especial. E Pipita sabe do peso histórico disso.
Esperança de gol ao lado de Messi, Higuaín tem tido um
Mundial de altos e baixos. Determinante para melhora de rendimento da equipe na
estreia contra a Bósnia, quando deu assistência para o gol de Leo, sumiu ao se
tornar titular contra Irã, Nigéria e Suíça. Sequer finalizou com perigo. Mas
foi herói nas quartas de final diante de Bélgica, em Brasília. Na semi, com a
Holanda, apagou novamente. Oscilação que também marcou a Argentina em boa parte
deste Mundial. O que importa para o atacante, porém, é a vaga na decisão e para
vencê-la ele não faz questão de futebol bonito.
Higuaín, sobre estar na final: "É algo sem palavras,
espetacular"
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- Vamos cumprir o nosso objetivo se levantarmos esta Copa. A
meta era estar na final e conseguimos. Temos uma partida para escrever uma
história eterna. Em Mundiais, muitas vezes não é possível fazer o futebol mais
bonito, mas entrega e atitude nunca faltaram. Por isso, chegamos na final.
Do banco de reservas, Higuaín viu a vitória da Argentina
sobre a Holanda, nos pênaltis, na semifinal, em São Paulo - foi substituído por
Agüero no segundo tempo. Angustiado, disse sempre ter acreditado no goleiro
Romero, mas admitiu que a sorte também ajudou. Sorte que tem acompanhado os
hermanos até uma decisão que ainda deixa Pipita desnorteado.
- Tínhamos muita confiança em Romero e nos batedores. É uma
loteria, né? Por sorte, estamos na final, que não acontece todo dia. Ainda não
temos a dimensão do que vamos jogar. É algo sem palavras, impagável. É algo
espetacular.
A Argentina chega no Rio de Janeiro no início da tarde deste
sábado e treinará em São Januário na prévia da decisão. Com Higuaín garantido,
Sabella aguarda a recuperação de Di María para definir a equipe titular. A
tendência, no entanto, é a manutenção da escalação que venceu a Holanda, mesmo
que Angel se mostre bem do problema na coxa direita.
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