Zagueiro, que defendeu o Bayern por oito anos, esteve no 4 a
0 das quartas de final do Mundial de 2010. Hermanos também caíram para rivais
da final em 1990 e 2006
Chegou a hora da revanche ou da manutenção de uma sina que
tem deixado os argentinos com os alemães entalados na garganta. Desde que
venceram a Copa pela última vez, em 1986, os hermanos disputaram todos os seis
Mundiais. E a Alemanha é, de longe, o rival mais indigesto que poderia pintar
na decisão de domingo, às 16h (de Brasília), no Maracanã. Metade das
eliminações neste período aconteceram diante dos germânicos, e em
circunstâncias distintas e dolorosas. Jogador do elenco de Alejandro Sabella
com maior ligação com os rivais, Martín Demichelis não esconde a motivação
extra pela possibilidade de dar o troco.
Em 1990, o 1 a 0 magro deu a Alemanha o título que impediu o
segundo troféu consecutivo da geração de Maradona. Em 2006, toda dramaticidade
dos pênaltis terminou com triunfo alemão, em casa, nas quartas de final. Quatro
anos depois, na África do Sul, um passeio: goleada por 4 a 0 e eliminação de
uma Argentina agora comandada por Maradona, também nas quartas de final. Com a
experiência de quem defendeu o Bayern de Munique por oito temporadas,
Demichelis falou dos perigos do confronto e admitiu a sede de vingança.
- Temos uma espinha engasgada também pela Copa passada, pelo
4 a 0... São situações diferentes, equipes diferentes e vamos fazer de tudo
pelo Mundial (...) Já falei desde o início da Copa que achava a Alemanha
favorita. Conheço de A a Z e sei o que podem fazer como equipe. Demonstraram
isso na Copa e na semifinal contra os anfitriões. Vamos ter todos os tipos de
cuidados. Eles têm um dia a mais de descanso, jogaram 30 minutos menos, mas
vamos dar o melhor para ganhar. Não foi uma partida para tirar as melhores
conclusões (contra o Brasil), mas teremos um respeito merecido.
Demichelis afirma que Argentina ainda tem "espinha
engasgada" contra a Alemanha
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O zagueiro do Manchester City elogiou muito a atuação da
Argentina na semifinal com a Holanda. Apesar de toda tensão de uma disputa por
pênaltis, Demichelis chamou a atenção para exibição segura nos 120 minutos de
partida.
- Alcançamos um sonho que queríamos, chegar nessa final tão
desejada. Jogamos de uma maneira muito inteligente e conseguimos controlar um
grande rival. Não sofremos e estamos onde queríamos estar. Tínhamos confiança,
segurança e fomos para os pênaltis de cabeça em pé.
Surpresa na lista de Sabella, Demichelis ganhou a vaga de
titular de Fede Fernandez no decorrer da Copa do Mundo e foi determinante para
Argentina mostrar força defensiva contra Bélgica e Holanda. Na ocasião da
convocação por conta da boa temporada no futebol inglês, o zagueiro disse que
estava entrando pela janela para fazer história. Agora, só falta um passo para
cumprir a profecia.
- Parte disso já aconteceu. Tomara que aconteça o melhor.
Quero ajudar muito a Argentina na final e a ganhar esse título que seria o
máximo da minha carreira.
Com um corte de cabelo bem diferente, Demichelis sofreu
derrota para a Alemanha na Copa de 2010
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A Argentina já está de volta a Belo Horizonte, onde treina
nesta quinta-feira, às 16h30m (de Brasília), na Cidade do Galo. A viagem para o
Rio de Janeiro está marcada para sábado pela manhã, para a grande decisão de
domingo, às 16h, no Maracanã, contra a Alemanha.
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