Schweinsteiger e Messi: protagonistas
no meio-campo dos
finalistas da Copa-2014
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De acordo com os dados estatísticos da Fifa, a Alemanha, que
venceu cinco dos seis jogos disputados -um deles na prorrogação-, é a líder em
passes completos, com 3.421, o que representa 82% do total. A seleção germânica
só é equiparada pela Espanha, que trocou bola 1703 vezes. Mas como a
"Fúria" disputou só três partidas, a média das equipes é parecida.
Do outro lado, a Argentina vem logo atrás com 2928 passes
completos, ou 78% de aproveitamento. A seleção alviceleste é a segunda que mais
troca bolas, atrás da Alemanha, mas, na média, tem também a Espanha à sua
frente.
E é justamente um "hermano" o líder de passes
certos no Mundial. O volante Mascherano completou 478 trocas de bola e deixou
até os alemães para trás na contagem. A equipe de Joachim Low conta com cinco
atletas entre os 10 primeiros. O meia/lateral Lahm é o segundo, com 458,
seguido por Kroos, com 443 passes completos.
Os números comprovam a eficiência da Alemanha e a paciência
para chegar ao gol. Além de Kroos e Lahm, a bola passa também obrigatoriamente
por Schweinsteiger, rodando por todo o meio-campo, antes de chegar no ponto
para o trabalho de Thomas Muller, Ozil e Klose.
Na Alemanha, jogadas bem trabalhadas no meio-campo para
conduzir time ao ataque
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Na Argentina, todo o trabalho é conduzido para a bola chegar
aos pés de Messi. E para isso, os 'hermanos' utilizam como nunca as laterais do
campo. O camisa 10 se posiciona mais pelo lado direito, enquanto Di María é o
encarregado pela esquerda.
Quando tem a posse de bola, a Argentina se mostra mais capaz
para transformá-la em jogadas agudas. A seleção de Alejandro Sabella é quem
mais criou lances ofensivos, com 311 tentativas. E isso culminou com 95
finalizações, ficando atrás apenas do Brasil (100).
Nesse quesito, a Alemanha não vai tão bem, pois é o quarto
que mais cria jogadas na frente, com 250 tentativas, e só o quinto em
finalizações (88). O fato de ter todos os gols marcados dentro da área mostra o
quanto a Alemanha trabalha a posse de bola em vez de buscar o gol a qualquer
custo. Já a Argentina contou com três gols de Messi de fora da área.
No aspecto defensivo, a Argentina leva a melhor. E grande
parte disso graças a Mascherano. São 104 desarmes, sendo 62 completos. O número
é inferior apenas ao do Brasil, que conseguiu tirar a bola do adversário em 134
oportunidades.
Enquanto Mascherano é o terceiro jogador que mais desarmou,
segundo dados da Fifa, com 18 interceptações, a Alemanha tem no lateral Howedes
seu principal 'ladrão'. Foram 16 bolas roubadas do adversário, mas apenas cinco
completas.
Na Argentina, a busca pelas laterais é mais constante para
chegar ao gol
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A Alemanha chega à final com 17 gols marcados, mais que o
dobro do adversário. Porém, 40% deles foram marcados diante do Brasil na
vitória por 7 a 1 pela semifinal. A seleção germânica também sofreu quatro gols
e tem Thomas Muller como artilheiro, com cinco gols.
A Argentina, que no começo da Copa tinha a defesa como setor
mais preocupante, tem a melhor defesa do Mundial, com apenas três gols
sofridos. A equipe marcou oito gols e tem Lionel Messi como artilheiro, com
quatro tentos.
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